A nova empreitada da AMD promete revolucionar os conceitos de CPU e GPU, unindo-os em um único sistema integrado.
Como muitos já sabem, a AMD, uma das líderes de vendas de processadores, comprou a ATI, a principal concorrente da Nvidia no mercado de placas de vídeo. Agora, a empresa mostra um dos motivos da compra, que vai muito além de vender apenas os chips gráficos renomados da empresa canadense.
O nome da empreitada é Fusion, e designa, se realizado com sucesso, um grande avanço tecnológico no desenvolvimento de microprocessadores. Em poucas palavras, a idéea é unir o processador central ao chip de processamento gráfico em um sistema único, dando novos conceitos e possibilidades ao componente.
Unir as características específicas de CPU e GPU em uma fusão como a proposta pela AMD pode ser algo extremamente interessante em diversas aplicações. No entanto, vamos explicar um pouco mais sobre estes dois termos para ambientá-lo neste tema.
CPU e GPU
O primeiro termo é a abreviação de Central Processing Unit, ou unidade central de processamento, mais conhecida como apenas processador. Em termos bem básicos, o componente é o que processa tudo o que acontece ao utilizar o seu computador e o sistema operacional dele.
A frequência de operação de um processador é uma de suas características mais importantes. Medida em hertz, ela descreve basicamente quantas operações o processador executa em um determinado intervalo de tempo. Velocidades que há alguns anos eram de poucos megahertz hoje passam de 3 GHz em diversos modelos.
Mais de um núcleo
Há alguns anos atrás, começaram a ser desenvolvidos processadores com dois, três e quatro núcleos, com diversos modelos neste formato vendidos atualmente para consumidores comuns. A proposta é dividir as tarefas de processamento, facilitando as operações no sistema sem sobrecarregar apenas um processador, o que acontecia frequentemente há algum tempo atrás.
Graphics Processing Unit
A unidade de processamento gráfico de um computador, também conhecida como GPU, é o processador central de uma placa de vídeo, por exemplo. Este chip conta com funções semelhantes ao que ocorre em um processador normal, mas com características ideais para tarefas que envolvem os elementos gráficos de um sistema, como jogos ou programas de edição de vídeos, por exemplo.
Unindo a GPU a diversos outros componentes específicos, é possível criar uma placa de vídeo completa, um conjunto indispensável para quem é aficionado por jogos e aplicações que demandam grande potencial gráfico.
FUSION
Uma das ideias da AMD ao adquirir a ATI é sem dúvida usar os conhecimentos desta em GPUs para tornar possível a fusão em um único componente de processamento central. Atuando lado a lado dentro do processador, a linha de processadores AMD Fusion promete desempenhos excepcionais em diversas tarefas, em especial nas que necessitam de qualidade gráfica elevada.
A iniciativa é um salto enorme para alguns mercados carentes de um sistema integrado de processamento e gráficos, como os notebooks, por exemplo. O Fusion permite grandes melhorias de desempenho tanto para laptops quanto para computadores normais, mas não pense que verdadeiros milagres serão feitos na plataforma.
O fim das placas de vídeo?
Como já citado pela própria AMD, o Fusion é um upgrade enorme no potencial gráfico de um computador, agregando uma GPU exclusiva ao componente. No entanto, pouco sabemos sobre o real potencial desse novo sistema, embora muitos acreditem que as placas de vídeo como conhecemos nunca poderão ser substituídas.
A ideia é realmente interessante e promete chegar ao consumidor final somente em 2011, e sem dúvida até lá muito poderá ter mudado em relação ao potencial alcançado no sistema. Resta a nós esperarmos para conferir a união de CPU e GPU em uma unidade única de processamento, o que certamente causará um grande efeito no mercado de processadores e placas de vídeo.
Intel adota o caminho inverso
Usando todo o seu conhecimento em processadores, a Intel agora quer partir para o ramo de placas de vídeo com força total, apresentando o Larrabee, um sistema diferenciado e muito interessante para processar os gráficos.
Ele consiste, basicamente, em uma placa de vídeo repleta de pequenos processadores, que dividem as funções gráficas individualmente, o que segundo a Intel pode ser mais eficiente do que o padrão atual em placas de vídeo.
Assim, cada efeito ou detalhe na tela é dividido de uma forma inteligente e rápida, fazendo com que a placa atue da melhor forma possível.
Essa característica torna o componente mais versátil que as placas de vídeo como conhecemos, já que os processadores podem ser manejados de diversas formas, de acordo com a aplicação que estão lidando no momento.
O FUTURO
Como todos sabem, o que movimenta na realidade o avanço tecnológico nos componentes de um computador são jogos e alguns outros aplicativos realmente pesados, fazendo com que as grandes empresas desenvolvam processadores e placas de vídeo cada vez mais poderosos, que atendam às exigências dos usuários mais aficionados nesse sentido.
A ideia do Fusion é sem dúvida muito interessante, e os resultados ao unir CPU e GPU em uma única unidade de processamento parecem animadores, embora pouco material empírico exista a respeito de sua real capacidade.
Além disso, a Intel e o sistema Larrabee em placas de vídeo parecem dar um novo foco ao componente, ampliando suas características e tornando-o ainda mais versátil, a partir de pequenos processadores que dividem as tarefas gráficas no sistema.
quero cumprimentar-lhe primeiramente por abrir uma janela para que nós consumidores e entusiastas de tecnologia possamos debater sobre esse futuro que tanto nos interessa.
Quanto ao futuro do processamento gráfico, me parece que convergência é a palavra da moda, especialmente no segmento de portáteis e ultraportáteis. Penso que a visão da AMD é mais futurista, encherga uma tecnologia mais integrada, possivelmente (bem) menor e mais econômica que a atual.
No caso da Intel, me parece que essa maior distribuição de tarefas proposta pelo seu projeto vai bem de encontro com o que temos na atualidade, em termos de desejo dos gamers, que é o processamento poderoso, haja visto o SLI e o CrossFire.
Penso que a iniciativa da Intel pode ter chegado tarde como solução, e sem uma parceria com a NVídia, a grande rival da ATI, acho que é um projeto manco, meio moribundo, mas que tem por trás uma gigante do setor, e não se brinca com quem tem poder sem pagar por isso.
A questão inicial é tecnológica. A tendência é de união de funções, e a AMD vem liderando esse ponto, já que integrou a bem mais tempo o controlador de memória ao CPU, e agora parece que fará o mesmo com a GPU. Mas se a AMD é uma pioneira e a Intel apenas segue uma tendência, por outro lado o controle de memória feito pelo chipset NB dá ao CONSUMIDOR o poder final de escolha do tipo de memória que usará (DDR 2 ou DDR3) aumentando as possibilidades de combinação de CPU/Placa-mãe e mais futuramente CPU/Placa-mãe/GPU, ao passo que no sistema convergente da AMD o usuário terá de definir, obrigatóriamente a base de seu sistema, inclusive, pelo visto, não podendo optar por placas concorrentes - NVídia e da própria nova tecnologia Intel.
Estaria o consumidor disposto a perder seu poder de escolha? Como toda a tendência, esta, seja qual for, para se firmar precisa agradar ao mercado, precisa que o consumo 'irrigue' os canais de maturação e desenvolvimento da indústria e ao menos hoje esse mercado se inclina pela Intel, bem como a anos vem solidificando a posição da gigante Microsoft em S.O. ou do Google nas buscas.
Visto isso, cabe analizar, em conjunto com a tendencia de desenvolvimento tecnológico, os interesses das pessoas, que sofrem uma variação mais discreta, mas constante em seus hábitos diários. Se viermos, como sociedade, a buscar um convívio familiar mais intenso, mais horas de lazer e espaçõ mais dedicado ao lar, ai a idéia de poder poliprocessado da Intel deve vingar, vez que ficar mais em casa significa meis tempo de lazer, portanto, mais tempo disponível para jogos e entretenimento "pesado" da plataforma proposta pela Intel. Vale lembrar que a grande maioria dos consumidores tem poucos anos de contato com o PC na residência, o que os torna mais ávidos pelo consumo de um Desktop, muitas vezes, ainda o primeiro e tão desejado computador, e que este será partilhado por todos dentro daquele circulo familiar.
Já os que estão a mais tempo 'conectados' podem sim buscar a integração que a AMD propõe, pois esse 'vício" chamado computador é tão cativante que buscamos levá-lo conosco para onde quer que venhamos a ir. A tendência no mundo dos negócios também é importante, claro, já que conexão é fundamental na carreira executiva, e vem se tornando cada vez mais importante en todas as áreas de atuação.
Mas pessoalmente não acredito que a grande maioria (e muitos já fzem isso hoje - meu caso) abriria mão de um sistema tipo desktop, apenas incluiria um notebook, netbook ou mesmo smartfone/celular em suas vidas. Temos 3G, vem ai o 4G, o WiMax e tantas outras tecnologiasde conecxão sem fio que essa é uma tendência irreversível já, porem a pergunta é: Teria ela força de suplantar a tradicional plataforma ou apenas seria agregada a esta?